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[O Globo] O que levou o Uruguai a buscar um acordo com a China. Entenda

Após encontro com Lula em Montevidéu, presidente do Uruguai admite divergências com o Brasil sobre as negociações com o país asiático

Foto: Luis Robayo/AFP (divulgação)

Por Eliane Oliveira no O Globo, em 25/01/2023

Em setembro de 2021, os sócios do Mercosul foram surpreendidos com a notícia de que o Uruguai pretendia conversar com a China sobre um acordo de livre comércio. O anúncio ia na contramão de princípios até então considerados sagrados dentro do bloco: nenhum membro poderia negociar um tratado do gênero em separado dos demais; e um acerto prevendo a redução de alíquotas de importação acabaria com a Tarifa Externa Comum (TEC), usada no intercâmbio com terceiros países.

Nesta quarta-feira, o presidente uruguaio, Luis Alberto Lacalle Pou, admitiu divergências com o Brasil sobre as negociações de seu país em torno de um acordo de livre comércio com a China e propôs que o governo brasileiro negocie paralelamente com o gigante asiático e, posteriormente, os dois países tentem alinhar as prioridades nesta relação.

— Não brigamos, mas simplesmente marcamos pontos de diferenças para melhorar o Mercosul — pontuou Lacalle Pou, após encontro com Lula em Montevidéu.

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O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, avalia que o Uruguai sabe que será “engolido” pela China se firmar esse acordo, mas busca uma saída honrosa, com compensações oferecidas pelo Brasil. Para Castro, a decisão de negociar com os chineses foi política, e não econômica.

— O Uruguai seria anexado pela China na porta do Mercosul e não conseguiria aumentar suas exportações como pretende — afirmou o presidente da AEB.

No ano passado, o Uruguai teve um déficit comercial de US$ 1, 2 bilhão no intercâmbio com o Brasil. No comércio com todo o Mercosul, houve um superávit de US$ 3,2 bilhões do lado brasileiro.

Leia a matéria completa no O Globo.


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