Por Gabriela Ruddy, Fábio Couto e Rafael Rosas no site Valor em 17/05/2022
Para especialistas, alteração de regra seria paliativo e pode criar distorções de mercado
Uma eventual mudança no cálculo do frete da Petrobras depende de negociações comerciais da petroleira com clientes e teria impacto limitado nos preços finais de combustíveis, dizem especialistas. Discussões sobre o tema ocorrem no contexto da alta de preços de combustíveis. O jornal “O Globo” publicou no fim de semana que o governo considera mudar a metodologia usada no cálculo do frete do petróleo que é enviado pela empresa às refinarias.
O preço atual do frete nesse transporte é calculado por meio do CIF (cost, insurance, and freight, na sigla em inglês), método de exportação em que o vendedor paga as despesas até que o produto seja carregado no navio. A proposta seria alterar o CIF para FOB (free on board, na sigla em inglês), modalidade na qual o comprador assume as responsabilidades por todos os riscos e custos no transporte.
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Já o presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, acredita que a mudança na importação de petróleo e derivados da modalidade CIF para FOB pode trazer vantagens. Ele frisa que o custo do produto importado pelo CIF tende a ser maior que o do FOB, uma vez que, ao pagar o seguro e o frete, o exportador vende um “pacote fechado” e acaba por majorar os custos. Para ele, a Petrobras tem tamanho suficiente para negociar uma mudança na modalidade de importação. “Tecnicamente é uma boa saída, tem grande chance dela economizar na importação”, diz, acrescentando que “geralmente” a empresa consegue ganhos ao negociar diretamente o frete.
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