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[Valor] Combustível mais caro acelera gasto com importação

Por Marta Watanabe/Valor em 05/05/2022

Categoria representa 16% das compras no 1º tri, ante 10% em igual período de 2021

Os combustíveis puxaram a alta de preços nas importações no primeiro trimestre de 2022, com avanço também na quantidade desembarcada, num movimento que reflete o aumento de cotações de petróleo intensificado pela guerra Rússia-Ucrânia e também a maior demanda pelo item, com a abertura da economia e avanço da mobilidade.

O desembarque de combustíveis avançou 11,9% em volume de janeiro a março de 2022 em relação a iguais meses do ano passado, em sentido contrário à quantidade do total das importações, que caiu 2,3%. Os preços médios dos combustíveis importados aumentaram 87,1%, em taxa bem maior que a do total importado, que avançou 30,2%. Os dados são da Fundação C entro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), calculados com base nos números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ME).

A importação de combustíveis e lubrificantes somou US$ 9,6 bilhões de janeiro a março deste ano, mais que o dobro dos US$ 4,6 bilhões comprados do exterior em iguais meses do ano passado, segundo a Secex. Com esse avanço, a fatia dessa categoria de uso avançou para 15,8% das importações de 2022, ante 9,7% no ano passado, sempre considerando os primeiros três meses do ano.

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José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), lembra também que em janeiro e fevereiro parte do aumento de importações de combustíveis pode ser ainda explicada pela demanda das termelétricas em contratos de compras acertados anteriormente, algo que deve se amenizar, já que houve melhora da situação hídrica, com adoção mais recente da bandeira verde na tarifa de energia elétrica.

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