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Superávit mais que dobra, e venda para Argentina desaba

Superávit mais que dobra, e venda para Argentina desaba Petróleo, minério de ferro e soja ganham ainda mais espaço nas exportações brasileiras no primeiro bimestre

Gabriela Faria / Foto: Gabriel Reis/Valor (divulgação)

Por Estevão Taiar e Marta Watanabe, no Valor, em 07/03/2024

A balança comercial do país encerrou o primeiro bimestre com exportações e superávit recordes para o período. Os destaques foram para o avanço da indústria extrativa na receita de embarques e para o declínio das vendas externas rumo à Argentina.

A balança do primeiro bimestre fechou com superávit de US$ 11,9 bilhões, ante US$ 4,9 bilhões de iguais meses de 2023, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). Foram US$ 50,5 bilhões em exportações, com crescimento de receita de 17,4% ante o primeiro bimestre de 2023. As importações somaram US$ 38,6 bilhões, com alta de apenas 1%.

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José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), diz que a maior oferta do grão em 2024 deverá afetar preços. “Como a expectativa é que os preços caiam, há antecipação dos embarques de soja”, diz. Segundo dados da Secex, a receita de exportação de soja no primeiro bimestre foi de US$ 4,39 bilhões, 32,6% a mais que em iguais meses de 2023. A alta de volume embarcado do grão foi de 61,6%, mas com queda de 17,9% nos preços médios.

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“Em termos de parceiros comerciais, a Argentina aparece como destaque negativo”, diz Rogério Mori, economista da Davos Investimentos. Os dados da Secex mostram que os embarques aos argentinos caíram 28% no primeiro bimestre contra iguais meses de 2023. A Argentina ficou no acumulado de janeiro e fevereiro com a menor fatia – de 3,4% – da exportação brasileira para o primeiro bimestre de toda série histórica desde 1997. As importações brasileiras de produtos argentinos também caíram, em 14,3%. Os resultados do comércio bilateral, diz Castro, da AEB, são reflexo da baixa demanda argentina e também das medidas de contenção de importações pelo país vizinho.

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Leia a matéria completa no Valor.


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