[Valor] Brasil vende menos para a China, mas preço compensa

País é o único dos grandes parceiros do Brasil a reduzir quantidade comprada ao longo deste ano

Por Marta Watanabe, no Valor, em 17/08/2022

Apesar de ter ficado praticamente estável em valores, a exportação para a China este ano perdeu fôlego e caiu em quantidade, em movimento diferente da média e inverso ao de outros mercados importantes. As exportações brasileiras para o país asiático somaram US$ 55,1 bilhões de janeiro a julho deste ano, com queda de apenas 0,2% contra iguais meses do ano passado. Em termos de volume embarcado, porém, caíram 12,8%. Os preços mantiveram alta, com expansão de 13,6%, o que neutralizou o efeito da queda de quantidade nas receitas de exportação para o país asiático.

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Também há o efeito da composição da pauta exportadora brasileira, diz Ribeiro, que também é pesquisador do Ibre. O ciclo de investimentos chineses em infraestrutura pode dar alguma sustentação aos embarques de minério de ferro, mas para as carnes e a soja, que é insumo para produção de proteína, a situação tende a ser mais complicada numa economia que mostra dificuldade de dinamização consistente de demanda interna, avalia.

José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), lembra que a demanda chinesa por minério de ferro aumentou muito no decorrer de 2021, o que também contribuiu para a alta histórica de cotações da commodity. Neste ano, diz, o que vem acontecendo é um ajuste de volumes e preços. Pelas projeções da AEB, a exportação total brasileira de minério de ferro deve cair 10% este ano contra 2021. No ano passado, o item respondeu por um terço do valor exportado pelo Brasil à China.

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