Economistas ouvidos pelo Valor destacam que a participação da Argentina no comércio exterior do Brasil hoje é bem menor e que os investidores estrangeiros fazem a diferenciação entre os dois países.
Por Rafael Vazquez e Anaïs Fernandes no Valor, em 05/07/2022
A capacidade de contaminação da desorganização argentina para a economia do Brasil existe, mas é menor nos dias de hoje devido à perda de participação do país vizinho no total das exportações brasileiras ao longo das últimas décadas, segundo destacam economistas ouvidos pelo Valor. Outro fator é que os investidores estrangeiros diferenciam bem as características de cada um, o que evita uma fuga de capitais de outros países sul-americanos.
“A repercussão econômica será enormemente menor por duas razões. Primeiro porque a participação das exportações brasileiras para a Argentina caiu muito ao longo do tempo, não apenas pelos problemas da Argentina, mas também pelo crescimento do comércio do Brasil com outros países, particularmente com a China”, comenta o pesquisador associado do FGV-Ibre Fabio Giambiagi.
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Nessa área, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), aponta que medidas já tomadas pelo Banco Central argentino para conter a fuga de dólares do país, como restrições do acesso de empresas ao mercado de câmbio, já atrapalham parte da indústria brasileira.
“Em 2021, o comércio do Brasil com a Argentina superou as exportações de 2019. Para 2022, estamos projetando um crescimento um pouco acima de 2021. É um comércio forte”, diz Castro, lembrando que o vizinho é importante destino dos produtos manufaturados brasileiros. “Esses números serão afetados pelas recentes medidas.”
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