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[Globo Rural] Commodities ganham espaço da indústria na exportação para América do Sul

Venda de produtos minerais e agrícolas cresce para América do Sul; automóveis recuam

Foto: Anastasios Antoniadis / Unsplash

Por Marta Watanabe e Álvaro Fagundes, no Globo Rural, em 19/02/2024

As commodities agrícolas e extrativas ganharam mais espaço nas exportações brasileiros em 2023 não só para a China como também aos países vizinhos, o que mudou o perfil da pauta exportadora no ano.

Juntos, petróleo, minério de ferro e soja tinham 8,5% das vendas para a América do Sul em 2019. No ano passado a fatia subiu para 15,6%. Somado ao milho, outra commodity agrícola que aparece entre os dez mais embarcados no ano passado, a participação foi de 9,3% a 17,5% no mesmo período de quatro anos. Há dez anos a fatia era de 12,1%. Dos quatro produtos, apenas o petróleo estava entre os dez mais vendidos pelo Brasil à região em 2019.

O avanço das commodities se deu por convergência de vários fatores. Alguns conjunturais, como a seca que quebrou mais de 40% da safra de grãos argentina em 2023, mas também houve fatores considerados mais estruturais, como o crescimento das vendas externas de petróleo baseado em aumento da produção doméstica, indicam especialistas. Preços ainda relativamente favoráveis para exportação também contribuíram.

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Para José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), os automóveis e a produção ligada a eles são a base mais estrutural da exportação brasileira aos sul-americanos. São embarques, diz, que passam por altos e baixos conforme a economia da Argentina. O país ainda é o principal destino sul-americano de veículos para passageiros, com embarques de US$ 1,4 bilhão em 2023. Foi metade do que o Brasil vendeu em carros para a região em 2023, mas bem abaixo do US$ 1,9 bilhão vendido aos argentinos em 2019.

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Ainda no campo dos manufaturados, Castro lembra que o Brasil também tem sofrido concorrência do México, país que em 2023 ocupou o lugar da China como maior fornecedor externo aos Estados Unidos. A maior escala resultante no fornecimento aos americanos, diz Castro, tende a tornar o México mais competitivo no abastecimento de bens industriais a mercados como Colômbia e Peru.

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Leia a matéria completa no Globo Rural.


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