O Brasil poderia exportar 40% a mais para a Argentina se não fosse a crise cambial no país vizinho.
Foto: APPA / ANPr (divulgação)
Por Leandro Gouveia, na CBN, em 09/11/2023.
A queda das reservas de dólar na Argentina agravou a dificuldade de exportação da indústria brasileira. Por causa da seca no país vizinho, a soja se tornou o principal produto exportado, à frente dos automóveis pela primeira vez.
A Associação de Comércio Exterior do Brasil estima que o país tenha deixado de vender cerca de R$ 6 bilhões até setembro, levando em conta os valores que são negociados atualmente.
O presidente da entidade, José Augusto de Castro, faz a projeção com base no histórico das exportações à Argentina:
“Até setembro nós exportamos para a Argentina US$ 14,9 bilhões. Mas se eu verificar em 2017 eu exportei 17 bilhões, que já tinha crise também. Nos últimos anos, o que não faltam são crises. Se a gente voltar a um passado mais ainda anterior a 2000, as exportações chegavam a 20 bilhões. Hoje mais ou menos 40%, estima-se, que se não fosse a crise na Argentina, a gente estaria exportando a mais para a Argentina”.
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As dificuldades cambiais se somam à espera pelo segundo turno da eleição presidencial, marcado para o dia 19 de novembro. Enquanto o anarcocapitalista Javier Milei defende a saída do Mercosul, o atual ministro da Fazenda, Sergio Massa, representaria a manutenção da atual política econômica. No próximo domingo, os dois participam do último debate.
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