Por Nicola Pamplona, Folha de S. Paulo em 12/06/2022.
O crescimento da produção do pré-sal colocou o Brasil entre os grandes exportadores de petróleo do mundo, encheu cofres de estados e municípios, mas não garantiu a redução da dependência de combustíveis importados, que poderia segurar os preços num cenário de crise como o atual.
Entre 2010, quando o primeiro poço entrou em operação, no Espírito Santo, e 2021, a produção nacional de petróleo e gás saltou 53% e a arrecadação com royalties e participações especiais quase dobrou até bater o recorde de R$ 78,4 bilhões em 2021.
Com grandes reservas ainda a entrarem em operação, a tendência deve se manter pelos próximos anos, segundo especialistas no setor. Até 2026, destaca a consultoria Bip, projetos do pré-sal operados pela Petrobras devem receber mais oito plataformas de produção.
O grande desafio do país é como refletir essa bonança no setor de refino, hoje deficitário na produção de gasolina e diesel, o que leva a Petrobras a defender uma política de preços baseada no conceito da paridade de importação, que simula quanto custaria para trazer os combustíveis do exterior.
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Mesmo com a elevada dependência no suprimento de combustíveis, o acelerado crescimento da produção do pré-sal trouxe benefícios à balança comercial brasileira. Em 2021, a conta de petróleo e combustíveis teve um superávit recorde de US$ 19 bilhões, quase quatro vezes o verificado cinco anos antes.
O presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, destaca que o setor foi responsável por quase um terço do superávit comercial brasileiro em 2021. Diante da alta volatilidade das cotações internacionais, a entidade não faz projeções para o saldo do setor em 2022.
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