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[Estadão] Lockdown chinês pressiona inflação e pode frear a economia global

Por Márcia De Chiara no site O Estado de S.Paulo em 15/05/2022

Efeitos para o restante do mundo têm dois lados: o da dificuldade de entregar vendas feitas para a China e o de receber insumos para produção que são fabricados no país.

Se a China tropeça, o mundo todo sente o impacto. E a China está tropeçando. A política de tolerância zero contra a covid-19, com lockdowns espalhados pelo país, acenderam o alerta para a redução da atividade na segunda maior economia do mundo. Cidades completamente fechadas significam redução das importações e inviabilizam as exportações – sobretudo de bens industriais –, o que pode pressionar ainda mais a inflação e reduzir a atividade econômica em todo o mundo.

Imagem por Liu Jin/AFP

Apenas com o lockdown em Xangai, estima-se que a venda de carros na China tenha despencado 48% em abril, na comparação com igual período de 2021. A cidade é responsável por 3,8% do PIB chinês, mas tem o maior porto de contêineres do mundo. Em abril, a Apple informou que a situação na China pode lhe custar entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões em vendas perdidas.

Diante do cenário, a Santander Asset reviu sua estimativa de PIB para a China de 5% para 4,6%. O Itaú Unibanco, de 5% para 4,7%. Somado aos impactos da guerra na Ucrânia e da alta dos juros nos EUA, a política chinesa contra a covid deve desacelerar a economia global para algo em torno de 3% (número considerado ruim para o PIB global).

Segundo o presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, já há reflexos nos custos dos produtos vindos de fora. Em abril, os preços das importações, em dólares, subiram 34,4%, com recuo de 6,9% nas quantidades. Em março, os preços já tinham aumentado 29,5%, diz Castro. “O impacto desse lockdown na China é muito mais inflacionário”, diz.

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Leia a matéria completa no Estadão.

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